9 dicas para sair vitorioso da crise

9 razões para sair vitorioso da crise

Temos vivido tempos diferentes, com muitos desafios. Como consequência, nos últimos tempos, tem sido mais difícil ser empresário.

Há cerca de 2 anos, o aparecimento da pandemia perturbou o desenvolvimento empresarial em Portugal, na Europa e no mundo.

Mais recentemente, quando finalmente a situação parecia melhorar, surge uma guerra.

Para além de todos os desafios que as empresas já enfrentavam: escassez de mão de obra, escassez de matéria-prima, aumento dos preços da matéria-prima…

Enfrentamos agora um problema económico mais abrangente e atípico: a estagflação.

 

9 DICAS para sair vitorioso da crise

O que estamos a antecipar é que, aparentemente, vamos passar por um período marcado por uma recessão económica acompanhada de uma alta inflação.

Nós, empresários, todos os dias sofremos com isto.

Diariamente, tenho várias reuniões com empresários e o que me parece é que os empresários estão a ficar um pouco desmoralizados, desmotivados e com pouca energia.

Os colaboradores estão menos disponíveis e a relação com os clientes está mais difícil.

 

Como reagir? Como não desistir?

Durante uma reunião que tive com um empresário esta semana, o mesmo partilhava comigo que começou o ano otimista e – quando sentia que tudo estava estabilizado – veio a guerra.

No seu caso, embora não tenha ainda sido afetado em termos de matéria-prima, foi afetado do ponto de vista psicológico dos clientes.

Sente que os clientes estão pouco focados nos novos projetos e que cada vez mais adiam as decisões.

Este facto tem muito a ver com toda a turbulência económica e social que se vive, que se reflete no receio geral de que as coisas não corram bem.

Perante este cenário mais cinzento, nós, empresários, temos que sair desta nuvem, olhar para dentro e procurar forcarmo-nos naquilo que controlamos, conhecendo o que não controlamos.

 

9 dicas para sair vitorioso da crise

  1. Encontre o seu porquê

Perceber que legado quer deixar enquanto empresário, o que quer atingir com a sua vida de empresário, porque é que é um empresário.

Este fator é muito pessoal e tem que ser encontrado em cada um de nós. Mas é também este fator que vai fazer com que nunca desista.

É este porquê que lhe vai dar ânimo para acordar todos os dias e sair deste momento de crise com mais força e com a sua situação melhorada em termos empresariais.

 

Lembre-se: as dificuldades que enfrenta são transversais a todo o mercado, se estiver mais bem preparado que os seus concorrentes vai conquistar o mercado que os seus concorrentes vão perdendo!

 

O mercado diminui, mas o número de players também vai diminuir.

Logo, o que fica para cada um pode aumentar.

Assim que o mercado recuperar, terá uma vantagem face a quem desistiu: ao não ter desistido, já firmou a sua posição, não terá que começar do zero.

 

  1. Olhe para as oportunidades

Parece um cliché, mas em todos os momentos de crise aparecem oportunidades.

Porquê? Porque quando está tudo bem, tendemos a repetir o mesmo comportamento. Já nos momentos de crise é quando repensamos muita coisa e damos grandes saltos que trazem resultados disruptivos.

Esteja muito atento ao que se está a passar à sua volta. Veja quais os desafios que são novos e como os consegue resolver.

Sobre este tema recomendo o livro de Andrew Grove “Só os paranoicos sobrevivem”, no qual o autor examina o percurso da Intel, um grande fabricante de chips, que devido a uma feroz concorrência japonesa esteve à beira da falência. Foi o facto de perceber que tinha que abandonar a zona de conforto e criar um produto diferente que fez da Intel o que conhecemos hoje.

Observe a concorrência, compreenda quais os caminhos que essa mesma concorrência está a trilhar para perceber se o pode afetar, e o que pode fazer para que não o afete.

 

  1. Redesenhe a estratégia e a tática

Estratégia

Este é um exercício que normalmente proponho que seja feito no início do ano.

Contudo, quando os fatores externos mudam significativamente, deve parar e pensar estrategicamente.

Para isto aconselho a “velhinha” análise SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities, threats).

Deve analisar à luz de todas as alterações, qual é o seu nicho de mercado, que produtos vai desenvolver, como está a sua concorrência, qual é a sua proposta de valor, como irá mostrar aos clientes aquilo que o diferencia.

 

Tática

Depois deste passo, há que redesenhar a tática.

Depois de saber para onde quer ir, tem que definir o passo a passo.

Delinear, do ponto de vista mais tático, qual será o plano de execução.

 

  1. Garanta a execução consistente

 

Para isto é crítico que o primeiro ponto seja muito forte.

É aqui que a maior parte das empresas falha. Tem as ideias, mas não as executa diariamente.

Se não tiver o seu porquê bem definido, não vai conseguir manter a execução consistente, pois estará constantemente a encontrar desculpas para perder o foco.

 

  1. Tenha alguma folga de tesouraria

 

Faça um mapa provisional das suas receitas e custos durante 1 ano para que possa atravessar este período sem grandes preocupações.

Se estiver preocupado com a possibilidade de não conseguir pagar salários aos seus colaboradores, dificilmente se conseguirá concentrar noutra coisa qualquer.

 

  1. Reforce a relação com os clientes atuais

 

Porquê?

Neste momento não pode perder clientes, por isso deve manter a sua base de clientes o mais satisfeita possível de modo que quando o cliente queira comprar, a sua empresa esteja no topo da lista.

Se estiver próximo do seu cliente, será o primeiro a quem ele irá pagar, o que em tempos de crise é muito importante.

 

  1. Reforce a prospeção de clientes

 

Esteja atento ao seu nicho de mercado para captar as novas oportunidades.

Nesta fase, é mais fácil captar novos clientes porque há mais probabilidade que os mesmos sejam menos bem tratados por alguma outra empresa.

 

  1. Reforce a comunicação com os seus fornecedores

 

Estreite a sua relação com os seus fornecedores e trabalhe em modo de parceria.

Como há escassez na área da matéria-prima e na área dos transportes, se não tiver uma boa parceria estabelecida com os seus fornecedores não vai conseguir prestar um bom serviço aos seus clientes.

Se estabelecer uma forte parceria com os seus fornecedores, quando houver matéria-prima será o primeiro a ser fornecido. Da mesma forma, quando houver transportes disponíveis será com a sua empresa que os fornecedores de transportes irão trabalhar.

Estas relações têm que ser construídas na base do win-win. Deverá oferecer uma contrapartida aos seus fornecedores para que os mesmos lhe deem preferência a si.

 

  1. Fortaleça a relação com os seus colaboradores

 

É importante que tenha uma equipa motivada e alinhada com os seus objetivos.

Aposte na comunicação, na compreensão, trabalhe o espírito de equipa, fomente momentos de convívio entre os membros da sua equipa, esteja atento ao que se passa com os seus colaboradores.

 

9 dicas para sair vitorioso da crise

Deixo-lhe um texto que considero de enorme valor para o ajudar a superar esta crise: “A crise segundo Einstein”.

 

“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo.

A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e empresas porque ela traz progressos. A criatividade nasce da angústia como o dia nasce da noite escura. É nas crises que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.

Quem supera a crise supera a si mesmo sem ficar superado.

Quem atribui a ela seus fracassos e suas penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções.

A verdadeira crise é a crise da incompetência.

O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis.

Sem crise não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É nela que se aflora o melhor de cada um.

Falar de crise é promovê-la e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.“

 

Albert Einstein

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Comentários
  • Digo que gostei do que acabei de ler
    Pois eu fui empresário desde 1981 a 2017 sempre ligado a Restauração em atividade principal pois fui tendo pelo meio outros tipos de negócio
    Desde bem jovem que comecei está caminhada e para mim o mais importante foi ter uma boa qualidade de Produtos aliado a um bom serviço prestado
    Para isto tudo não estamos só e devemos contar com nossos colaboradores peças fundamentais

    Como tal ainda nos anos 80 / 90 em muitos empresários não reconheciam o valor que seguenifica para suas empresas eu tinha já uma forma diferente de ver e estimativa e estimulava os meus colaboradores o melhor que podia

    Sempre tive por princípio ter em atenção aos horários o que na Restauração parece não importar mas que é muito importante sempre dei uma folga extra no dia de aniversário de cada colaborador

    Nesta vida de Restauração temos desde a cozinha a sala ter a certeza que seu colaborador trabalha ali com gosto e alegria e isso vai ter o resultando positivo perante nossos clientes e sinal que clientes satisfeitos com o serviço de mesa e de boa qualidade de comida é o cliente que vai voltar e trazer mais clientes

    Hoge em dia a cerca de 3 Anos como Chef de Cozinha e Gestão me dedico a dar formação em varios restaurantes e a grande sopresa é estarmos nestes anos a ver os empresarios de Restaurantes terem uma grande carga de horários para seus colaboradores

    Têm sido um grande desafio para mim e que me faz ser ainda mais feliz no que faço e conseguir mudar essas mentalidades e depois ser reconhecido pelo meu trabalho e passar a ver empresários com mais sucesso e colaboradores mais felizes com o que fazem

    O meu obrigada por poder expressar a minha maneira de ver

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